Eu defendo o direito dos professores, mas gostaria muito que também houvessem deveres mais claros e objetivos.
Eu defendo que professor permaneça com os dois meses de férias, pois seu árduo trabalho não é inferior ao de um juiz que tem três meses de férias. Mas defendo que todo professor estude e se atualize em sua ciência e em metodologias inovadoras para aumentar a eficiência do seu trabalho, embora não acho que o problema da educação esteje na falta de formação do professor, mas em um sistema que leve em consideração o capital humano que tem e planeje a educação a partir desse capital, planejando inclusive aumentar, dando uma formação que por obrigação deve ser mais eficiente do que a que os professores dão na sala de aula, pois se um professor não consegue transmitir formação a outros, ou se um professor não presta atenção em uma formação importante para sua função, a questão não é formação e sim ética.
Eu concordo que professores devam se unir para lutar por seus direitos e fazerem greves quando for necessário, mas acredito que nenhum direito deveria ser conquistado sem claro merecimento e comprovação de impacto socioeconômico em determinado público, ou seja, professores não podem achar que sua luta é só por maiores salários e menores cargas horárias. Devem manter seus esforços de articulação, discussão e luta para de fato defender a educação como um todo, porque fazem parte da essência dessa. Deveriam manter discussões sobre resultados a curto, médio e longo prazo da metodologia usada pela sua escola, deveriam manter a discussão sobre condições mínimas de trabalho onde entrariam: acústica de sala, apoio da escola para gestão de sala onde houver turmas grandes e histórico de indisciplina, discutir metodologias que já usaram ou que têm interesse de usar mas estão com alguma dificuldade ou dúvida, deveriam discutir como se aproximar dos pais (em vez de só ficar jogando na cara deles que o que é responsabilidade deles e o que o professor não tem obrigação de fazer, aumentando o distanciamento), discutir as dificuldades que passam quando a gestão ou coordenação da escola foi escolhida por questões políticas e não técnicas e como é possível contornar ou combater isso, discutir sobre a falta de tempo para estudar, fazer novos cursos e acompanhar as inovações, já que sua atividade lhe exige mais tempo do que passa na escola, discutir como é possível ou o que deveria ter para ser possível dar aos alunos mais avançados um suporte para usufruírem o máximo possível de suas capacidades bem como de seu tempo de escola para potencializar isso, discutir como incluir no aprendizado aqueles alunos com dificuldades que não foram superadas em séries iniciais, incluir os alunos com deficiência física ou cognitiva, deveriam discutir como ter mais tempo para viver em família e ter lazer, como ter mais tempo para se atualizar nos estudos, inovações e eventos de sua área e também de cuidar da saúde pois tudo isso influencia na qualidade do seu trabalho. Deveriam discutir com outros setores do serviço público (assistência social, segurança pública, esporte, cultura, empreendedorismo, formação profissional, saúde, entre outros) como garantir melhores condições para as crianças estudarem na escola mas também em casa (e nisso não sei por onde começar, talvez ouvindo as crianças sobre como é para eles estudar nesses espaços, que ajuda eles percebem estarem recebendo oh faltando ou quais dificuldades sentem para ter um ambiente físico e mental mais favorável à estudar).
Essas e tantas outras discussões, faríamos garantir, que a profissão fosse mais valorizada, mais eficiente, mais protegida dos ataques que históricamente sempre sofreu (cortes de orçamento, desrespeito, questionamentos, culpabilização). Teria mais condições de cobrar porque teria os argumentos e causas de qualquer ineficácia no processo educacional. Não seria necessário ficar sobre a proteção, indiferença ou o ataque de gestores atuais ou quando substituidos. Enfim, são alguns dos pontos que acho que são suficiente para termos um *FÓRUM PERMANENTE DE EDUCADORES DA REDE MUNICIPAL*
Por *Prof. André Paz em 22.05.2020*
Eu defendo que professor permaneça com os dois meses de férias, pois seu árduo trabalho não é inferior ao de um juiz que tem três meses de férias. Mas defendo que todo professor estude e se atualize em sua ciência e em metodologias inovadoras para aumentar a eficiência do seu trabalho, embora não acho que o problema da educação esteje na falta de formação do professor, mas em um sistema que leve em consideração o capital humano que tem e planeje a educação a partir desse capital, planejando inclusive aumentar, dando uma formação que por obrigação deve ser mais eficiente do que a que os professores dão na sala de aula, pois se um professor não consegue transmitir formação a outros, ou se um professor não presta atenção em uma formação importante para sua função, a questão não é formação e sim ética.
Eu concordo que professores devam se unir para lutar por seus direitos e fazerem greves quando for necessário, mas acredito que nenhum direito deveria ser conquistado sem claro merecimento e comprovação de impacto socioeconômico em determinado público, ou seja, professores não podem achar que sua luta é só por maiores salários e menores cargas horárias. Devem manter seus esforços de articulação, discussão e luta para de fato defender a educação como um todo, porque fazem parte da essência dessa. Deveriam manter discussões sobre resultados a curto, médio e longo prazo da metodologia usada pela sua escola, deveriam manter a discussão sobre condições mínimas de trabalho onde entrariam: acústica de sala, apoio da escola para gestão de sala onde houver turmas grandes e histórico de indisciplina, discutir metodologias que já usaram ou que têm interesse de usar mas estão com alguma dificuldade ou dúvida, deveriam discutir como se aproximar dos pais (em vez de só ficar jogando na cara deles que o que é responsabilidade deles e o que o professor não tem obrigação de fazer, aumentando o distanciamento), discutir as dificuldades que passam quando a gestão ou coordenação da escola foi escolhida por questões políticas e não técnicas e como é possível contornar ou combater isso, discutir sobre a falta de tempo para estudar, fazer novos cursos e acompanhar as inovações, já que sua atividade lhe exige mais tempo do que passa na escola, discutir como é possível ou o que deveria ter para ser possível dar aos alunos mais avançados um suporte para usufruírem o máximo possível de suas capacidades bem como de seu tempo de escola para potencializar isso, discutir como incluir no aprendizado aqueles alunos com dificuldades que não foram superadas em séries iniciais, incluir os alunos com deficiência física ou cognitiva, deveriam discutir como ter mais tempo para viver em família e ter lazer, como ter mais tempo para se atualizar nos estudos, inovações e eventos de sua área e também de cuidar da saúde pois tudo isso influencia na qualidade do seu trabalho. Deveriam discutir com outros setores do serviço público (assistência social, segurança pública, esporte, cultura, empreendedorismo, formação profissional, saúde, entre outros) como garantir melhores condições para as crianças estudarem na escola mas também em casa (e nisso não sei por onde começar, talvez ouvindo as crianças sobre como é para eles estudar nesses espaços, que ajuda eles percebem estarem recebendo oh faltando ou quais dificuldades sentem para ter um ambiente físico e mental mais favorável à estudar).
Essas e tantas outras discussões, faríamos garantir, que a profissão fosse mais valorizada, mais eficiente, mais protegida dos ataques que históricamente sempre sofreu (cortes de orçamento, desrespeito, questionamentos, culpabilização). Teria mais condições de cobrar porque teria os argumentos e causas de qualquer ineficácia no processo educacional. Não seria necessário ficar sobre a proteção, indiferença ou o ataque de gestores atuais ou quando substituidos. Enfim, são alguns dos pontos que acho que são suficiente para termos um *FÓRUM PERMANENTE DE EDUCADORES DA REDE MUNICIPAL*
Por *Prof. André Paz em 22.05.2020*
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